Arquivo do mês: dezembro 2011

A contribuição do cigarro na literatura

Se você tirar os cigarros do século 20, nós não teríamos nenhum dos grandes escritores. Eles não existiriam, e eu quero que isto seja reconhecido.  Na verdade, eu acho que não-fumantes deveriam ser proibidos de comprar qualquer produto que foi criado por um fumante.” (Joe Strummer, ‘The Future Is Unwritten’)

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P.S.: Citando Joe Strummer, não significa que eu seja ‘contra’ ou ‘a favor’ do fumo, tampouco que eu concorde com a proibição sugerida na frase (ao meu ver, sugerida em tom de ironia). Outros textos deste blog também tratam dos prejuízos causados pelo cigarro:

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Ano novo?

Até um tempo atrás, sempre que as pessoas me cumprimentavam em função destas datas, apesar de saberem que eu não comemoro, eu sentia isso como um desrespeito às minhas escolhas. Hoje em dia eu interpreto isso como uma incompreensão das minhas razões, então, vou tentar explicar:

Não é que eu não dou importância, eu só não sigo estes costumes. E também não é ano novo independente de eu comemorar ou não: o calendário civil é uma abstração. Ele é, inclusive, diferente de cultura para cultura, e não é só porque a cultura em que estamos inseridos atualmente é predominante no mundo que eu necessariamente vou seguir os mesmos costumes. Pra mim, é como comemorar o sábado, quando ele é um dia igual à segunda-feira. A diferença entre os dias é o que se faz do sábado ou da segunda, e isso são escolhas pessoais.

Um dos motivos pelos quais eu não comemoro datas civis ou cristãs é porque, sendo um costume cultural, nestas datas se deseja felicidades por educação, até pra quem a gente não dá a mínima importância, e eu não quero fazer parte disso. Eu muitas vezes acabo dizendo “feliz ano novo” pra umas pessoas com quem eu não tenho intimidade, por ser mais fácil do que explicar isso aqui tudo. Mas é da boca pra fora, e eu acho que desejo de felicidades é uma coisa que deve ser séria, sincera e espontânea. Até porque eu desejo paz e felicidades para todas as criaturas do mundo, independente do dia que for.

Esta minha escolha pode dar a impressão de que eu sou uma pessoa ranzinza, que não gosta de comemorações, ou que fica em casa sofrendo no natal – não é isso. Eu adoro comemorar, mas acho que ter datas específicas para comemorar restringem as nossas comemorações. Eu comemoraria todo dia, e o motivo deveria ser só a vontade de comemorar, ou porque se está feliz. Mas as datas de fim de ano são estressantes ou deprimentes pra uma grande parcela da população, que comemora por obrigação, como é o caso de muitas pessoas próximas a mim – e por isso também eu não comemoro, já que pra mim não tem significado e não quero contribuir com o sofrimento dos outros.

Esta minha escolha não significa que eu não entendo ou que eu censure a opção das pessoas de comemorar datas civis e religiosas. Algumas não gostam e comemoram por educação, por se sentirem obrigadas, mas outras realmente se divertem. Eu entendo e respeito, só não participo e gostaria de ser respeitada também.

Eu comemoro mudanças de ciclo: datas como o equinócios e solstícios, mudanças de lua… estas datas sim, na minha opinião, são mudanças de ciclo, e não o 1º de janeiro. O ideal, pra mim, por exemplo, seria que os dias de eclipse ou outros eventos astronômicos fossem feriados pra que a gente pudesse assistir! Mas não, na nossa cultura, os feriados são abstrações como o 7 de setembro, o 15 de novembro ou o 25 de dezembro, que não tem nenhum significado pra mim. Por isso, na medida em que eu consigo, subverto estas datas, fazendo minhas comemorações particulares e me abstendo das coisas com as quais eu não concordo.

E eu ainda não encontrei um jeito mais simples de dizer essas coisas. Sigo buscando, e me importando cada vez menos se alguém me deseja feliz natal ou ano novo esperando o mesmo em troca. Se eu decepcionar alguém ao não retribuir, pelo menos não será eu mesma. O meu ano novo começa no instante em que eu decidir fazer, daquele momento, o início de um novo ano. E este instante pode ser qualquer um.

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Você sabe como seu corpo funciona?

É um fato triste, contudo verdadeiro, que poucos de nós sabemos como nossos corpos funcionam. Nós possuimos largo conhecimento sobre o mundo externo, e até sobre as partes externas do nosso próprio corpo, mas poucas pessoas estão conscientes do que acontece dentro do seu próprio corpo, embora o que acontece internamente determine cada ação e percepção do mundo externo.

Todos deveriam ter um conhecimento básico do funcionamento do corpo. Muitos problemas físicos e mentais são causados pelo tratamento impróprio dos nossos corpos. Se nós tivéssemos algum conhecimento elementar e respeito pelos nossos corpos, nós estaríamos menos inclinados a maltratá-los da maneira como fazemos.”

(Swami Satyananda Saraswati, ‘Asana Pranayama Mudra Bandha’)

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Viva o Verão!


Surya Namaskara

Om Mitraya Namaha
Om Ravaye Namaha
Om Suryãya Namaha
Om Bhãnave Namaha
Om Khagãya Namaha
Om Pushne Namaha
Om Hiranya Garbhãya Namaha
Om Marichaye Namaha
Om Adityaya Namaha
Om Savitre Namaha
Om Arkaya Namaha
Om Bhãskarãya Namaha

*Saudação ao Sol

“Saudação ao amigo de todos
Saudação àquele que brilha
Saudação ao que induz à atividade
Saudação àquele que ilumina
Saudação àquele que se move rapidamente no céu
Saudação ao fornecedor da Força
Saudação ao Cósmico Eu Dourado
Saudação ao Senhor da Aurora
Saudação ao filho de Aditi
Saudação à Mãe benevolente
Saudação àquele que é feito para ser louvado
Saudação àquele conduz à iluminação”

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Ser

“Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser. Esquecer.”

(Carlos Drummond de Andrade)

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A foto é um tiro

A gente olha e pensa: Quando aperto? Agora? Agora? Agora? A emoção vai subindo e, de repente, pronto. É como um orgasmo, tem uma hora que explode. Ou temos o instante certo ou o perdemos, e não podemos recomeçar. O desenho é uma meditação, enquanto que a foto é um tiro. Você pode apagar um desenho e fazer outro, você não está lutando contra o tempo. Mas, com a fotografia, há um espécie de angústia constante, pelo fato de você estar presente em um momento que não mais se repetirá. Mas é uma angústia muito calma.”

Henri Cartier Bresson

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Alimentação consciente – mês de dezembro

Consciente da Liberdade com que escolho
os alimentos para meu corpo, minha mente e meu espírito,
agradeço à Natureza por seus frutos
que me nutrem, me curam e me aprazem
e retribuo empregando a energia que me fornecem
na troca e no aprendizado com todo o Universo.

Alguns alimentos do mês de dezembro:

  • Alho (dezembro a março)
  • Batata (outubro a fevereiro)
  • Milho Verde (dezembro a março)
  • Pepino (novembro a fevereiro)
  • Tomate (dezembro a março)
  • Vagem (novembro a janeiro)
  • Acerola (outubro a fevereiro)
  • Abacaxi (novembro a março)
  • Banana (setembro a abril)
  • Coco Verde (novembro a fevereiro)
  • Limão (agosto a março)
  • Mamão (outubro a fevereiro)
  • Manga (novembro a janeiro)
  • Melancia (dezembro a fevereiro)
  • Melão (outubro a janeiro)
  • Morango (setembro a dezembro)
  • Pêssego (novembro a janeiro)
  • Uva (dezembro a janeiro)

Fonte: Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR

Leia também: Alimentos da Estação

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